
Machado de Assis
Se existem obras que sempre estão nas listas dos mais concorridos vestibulares brasileiros, pode-se afirmar que as obras de Machado de Assis estão sempre nestas listas. A despeito de Dom Casmurro ser – disparado – a mais conhecida obra do autor entre os leitores que estão deixando o ensino médio, neste texto trataremos de duas obras – que não menos estão presentes nestas listas – e um elemento que ora as afasta, ora as aproxima: o narrador em Memórias Póstumas de Brás Cubas e em Quincas Borba.
O narrador em Quincas Borba está em terceira pessoa (ou é heterodiegético), recurso que não é muito comum aos narradores de Machado de Assis. Bom, é interessante notar que ao se passar de um narrador em primeira pessoa para um narrador em terceira pessoa, há um afastamento entre o narrador e as personagens, o narrador e o objeto narrado, e isto será um dos pontos chaves do narrador em Quincas Borba, pois a despeito deste distanciamento, o narrador incorporará recursos, como o discurso indireto livre, para se alinhar ao estilo dos narradores machadianos.
Continue lendo O narrador em Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
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Muito bom! Machado é genial… Adorei a postura e o desfecho ocasionado pelo narrador em Quincas Borba.