O cantor e compositor Zeca Baleiro participou, na manhã desta segunda-feira (03), de uma mesa literária na 8ª Feira do Livro de São Luís. Na ocasião, Zeca lançou o disco infantil Zoró (bichos esquisitos) Vol. I (http://www.zoro.art.br/ )e o livro de crônicas A Rede Idiota e Outros Textos. O Livre Opinião – Ideias em Debate esteve no evento e cobriu a participação do cantor na edição da Feira do Livro, realizada no Convento das Mercês, centro histórico da capital maranhense.
O álbum conta com a participação de diversos artistas, como Tom Zé, MPB4, Fernanda Abreu, Wado, Mc Gaspar, Tetê Espíndola, entre outros.
Durante a palestra, Zeca falou sobre o projeto e o desenvolvimento do álbum: “Esse projeto é bem antigo, desde que meus filhos nasceram, isso já faz dezesseis anos”. “Fazer música para criança é desafiador, pois a criança é exigente, quando não gosta de algo já fala na hora. A criança é direta”, comentou o cantor. “Eu quis transmitir no disco um estímulo à poesia da época infantil para mexer com a imaginação e ir longe”.
Zeca explicou a composição das músicas do disco infantil: “São músicas que coincidem o lúdico com o aprendizado, mas o objetivo do disco é divertir a criançada”. “O disco instiga a imaginação e a loucura, pois a infância é o único tempo em que se é louco sem precisar ser internado, hoje em dia se eu fizer alguma maluquice meus filhos vão falar que estou pagando mico”, enfatizou o músico sempre bem-humorado nas respostas às questões da plateia, sendo a maioria estudantes de escola fundamental.
Sobre o título do disco, Zeca explicou que “Zoró significa uma pessoa zureta, maluca. Era uma palavra que escutava desde criança. Sempre gostei da sonoridade e como havia falado que toda criança tem a liberdade de ser maluca, zoró é palavra certa”.

Zeca autografa o exemplar do livro “A Rede Idiota e Outros Textos” para os leitores do Livre Opinião
CRÔNICAS – Zeca concedeu uma coletiva de imprensa em que falou do livro A Rede Idiota e Outros Textos, reunião de escritos do músico em diversos jornais e revistas, assim como em blogues e rede social. “Sempre falo que não escrevo crônicas, escrevo reflexões de botequim”. Sobre as influências para as crônicas, Zeca citou “sempre busquei em Rubem Braga, Fernando Sabino e o próprio Carlos Drummond de Andrade. Esses foram meus grandes professores, mesmo que eu esteja à léguas deles”. A vontade de publicar um livro de crônicas, Zeca respondeu: “Sempre quis falar o cotidiano de dimensão poética e tento experimentar isso no livro”.
Zeca assinou um exemplar do livro especialmente para os leitores do Livre Opinião – Ideias em Debate. O sorteio será realizado em breve na fanpage da revista eletrônica.
8ª FeliS – Apesar da forte tradição literária da cidade, São Luís demorou muito a ter sua feira de livros. A produção e resistência de alguns escritores contemporâneos levaram à criação do evento. O objetivo era reconhecer a importância dessa tradição e criar ações que propiciassem o acesso ao livro e a formação de leitores na cidade, além de incentivar as cadeias produtiva e criativa do livro.