esse nosso jeito de se comer pela Internet pode ser uma
boa. Coração
nas fotos preferidas, vídeos Standards de tesão acumulado,
bilhetes em papel que
jamais chegarão a serem vistos
em papel.
Online, a gente conversa sobre o quanto nos queremos
Nus. Quando nos vimos,
preferimos os silêncios. Por mensagem não somos tímidos, falamos abertamente sobre o céu que seria
nos chuparmos olhando nos olhos e
sem banho, pra sentir o gosto que tem as coisas e não o gosto que tem o creme Victoria`s Secret.
os Casais 1920
não se comiam virtuais assim. É certo que eles
quase nem se comiam, ao menos que fossem casados
ou seja,
não se comiam. Muito menos imaginavam
que pros casais 2015
teria qualquer coisa de mais fácil no percurso da conquista, mas não
o Amor.
O amor continua penosíssimo,
a Espera
segue no peso de 1 morte Súbita, a fome
passa
ou aumenta, dependendo de 1 telefonema
ou de quantas garrafas de cerveja
o garçom já desceu no bar. Seus discos preferidos
Não são mais seus, são os dele.
Tudo dele, em você,
e a vida do alto do corpo de um novo
amor fica deliciosamente
Sofrida. Isso de 1920 a
2015. A 2146. Amar sempre será a dor mais bonita. Enquanto houver pessoa,
encontrar grandes pessoas seguirá revolucionando os planetas.
Depois
Outra coisa, se resolvendo de outras formas, talvez melhores.
Talvez piores,
tempo nem sempre é remédio. Tem vezes que tempo
é gasolina, como quando vejo
Uma foto sua
fazendo qualquer bobagem que não seja
me ver, tipo andar de
bicicleta ou comer
uma pizza. A gente tem se devorado brutalmente via
internet.
Agora,
eu quero saber da Coragem.
Aline Bei
A busca ou o processo.
(nunca o pronto)