a primeira vez que nadei num Clube foi meu tio,
des-casado com a minha tia,
que me levou.
Eu estava de viagem na casa da prima. Ele veio buscar a menina que pais separados
veem filhos de sábado
e domingo, assinam papéis pra decidirem assim.
Ele chegou avisando de buzina. A prima pegou a mochila pronta e me deu um:
-Tchau.
bem seco, só pensava em Piscina naquele dia quente e ainda era cedo, 9 horas
da manhã.
Ficariam só os adultos na casa e eu.
Minha mãe me ofereceu Fanta uva num copo verde, ou seja, aparentemente
ia ficar azul o líquido e isso me animaria a beça se fosse outro dia qualquer, mas era muito Sozinha
ficar só eu de criança numa casa que não era
a minha.
Meu tio notou do portão o tamanho
do meu olho de
triste. Perguntou
– cê não Quer ir junto?
Com voz de quem realmente gostaria que eu fosse, até então eu não estava me sentindo bem vinda por culpa da prima que só queria
Competir.
Amei meu Tio aliviada e olhei
pra minha mãe
com esperança, ela olhou preocupada pra minha tia e disse:
– ela tá sem biquíni.
–Ela nada de calcinha, eu ouvi
minha tia
dizer.
eu não queria nadar de calcinha. Escapou com força da minha boca a frase:
– eu não quero nadar de calcinha.
Apontei pra porta do quarto da prima:
– a Ju tem maiô guardado na gaveta.
– Mas a Ju é mais velha.
– prefiro nadar com maiô grande do que nadar de calcinha.
E prefiro nadar de calcinha do que não ir pro Clube, mas isso
eu não disse
pra ninguém.
Minha Tia foi até o quarto e pegou o maiô vinho da minha prima dois anos mais velha que eu.
A prima
colocou a cabeça pra fora do carro e ficou olhando
eu pegar tímida
o maiô dela e ir pro banheiro me trocar, nossas competições eram muito
sutis.
Entrei no banheiro, tirei a roupa.
O maiô da Ju tinha o cheiro dela, o formato
dela, colocar aquilo era quase como
Roubar aquilo, me sentia um pouco má com amargo no peito. Mas não ia nadar de calcinha na frente
do clube todo, muito menos na frente
da Ju pra depois virar
chacota. Vesti o maiô e encarei o espelho. Estava grande, um pouquinho, mas eu estava
bonita. Combinava com os meus joelhos aquela cor vermelha-escura.
Eu estava até
mais bonita que a Ju vestida com o mesmo
maiô, já vi ela usando no Natal do ano
passado, num pulo na piscina do vizinho e a visão
do seu
Bum
Bum não saiu da minha cabeça. O maiô continua servindo no Natal desse ano porque
a Ju
Cresceu pouco. Eu cresci muito. Tenho até
pelo
no lugar que fica a calcinha que agora
está o maiô
e que antes
ficavam os pelos da Ju mais velha, por isso
ainda mais
peluda. Pensar naquilo
me deu
1 tremedeira nas pernas e um
molhado no meio das pernas, coloquei a mão pra passar.
que coisa,
A sensação
de tremedeira ficou mais forte, eu me senti um
tigre,
Deitei de bruços no chão do banheiro e esfreguei meu corpo
No piso gelado pensando
naquele dia que a Ju mexeu por horas no meu cabelo pra fazer uma trança e irmos pra festa.
Minha mãe bateu na porta tentando abrir,
–Deu certo, filha?
Levantai num
Salto. Respondi que:
-sim!
Ainda bem que eu tinha trancado e
antes de abrir a porta do banheiro me olhei de novo no
espelho pra ver se a minha cara
estava
Denunciante, mas
até que ela estava
1 cara
Normal.
Aline Bei
A busca ou o processo.
(nunca o pronto)
hahahah, muito bom!
brigada meu bem!