combinamos uma cerveja em cima da hora, li na mensagem
estou no brasil
corri sem banho pro bar te ver num desespero chamado
saudade, ouvi um:
-como você tá bonita.
devolvi com:
– seu cabelo cresceu.
e o sexo grudado nos rostos da gente.
nos contamos as velhas novidades totalmente novas só para os nossos ouvidos, pensei que os anos te foram
suaves, algumas linhas debaixo dos olhos e só.
seu apartamento dos pais ali na esquina estava vazio e você me contou,
fomos,
bar fica áspero pra nós que nos conhecemos tão bem.
antes
eu achava gigante seu apê
agora normal o tamanho, ganhei amigos ricos no tempo que você ficou fora e assisti muita televisão.
estávamos conversando tantas modernidades na mesa da sala que te perguntei sobre Mário
de Andrade, você nunca leu
nem Sartre
não gosta de sentar em palavras que Talvez façam você sentir alguma coisa mas,
na maior parte das vezes,
Nada
além de
sono.
-a culpa é sua.
eu disse rindo era
sério.
você soltou e prendeu o cabelo nem aí com o fato de que biblioteca existe.
-é melhor eu ir.
o ar entre nós ficando estreito, não estava querendo transar
não por falta de
vontade, a verdade é que
depois de todos esses anos, queria que você levasse da nossa transa uma memória cheirosa pra Londres e hoje
eu estava Suja de ontem
sem intimidade pra pedir banho na sua casa sem toalha muito menos sabonete, uma casa não habitada já que seus pais estavam
na Serra.
acabamos num beijou porque a nossa cadeira conversando de literatura ficou muito perto, nosso amor de adolescência estranhamente
também.
claro que o beijo se estendeu pra sua mão no meu peito dizendo que blusas assim te deixam com ciúmes
depois no zíper tirando a calça me levando pro
quarto e eu dizendo não segurando as paredes
estava sem Banho
mas essa parte eu não contei e fui parar no
sofá, o beijo
macio me deixando em
transe
sua voz
dizendo que meu corpo estava
Lindo,
eu era menina, antes,
é natural
também o encharcado da calcinha, a ideia de banho
cada vez mais
longe
quando senti a puxada daquele jeito que se faz quando vai se chupar uma mulher.
deixei a língua
entrar
e só
por isso
já
gozei.
você foi o primeiro que sentiu meu gosto sem sabão. aguentou bem, longos minutos antes de meter
bem fundo
e um beijo pós chupo
me fez guardar meu gosto
sujo que era
areia e quase
amargo
de deixar língua
dormida.
no outro dia você
voltou pra Londres normalmente.