Projeto 111: Contra a passividade diante do genocídio do povo negro

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Os 111 tiros disparados contra Wesley Rodrigues, Cleiton de Souza, Carlos Souza, Roberto Penha e Wilton Júnior somam aos infinitos disparos deflagrados contra jovens negros de todo o país. Em 2015 chacinas em Fortaleza, Barueri, Osasco, e Salvador ocuparam as manchetes e escaladas de jornais e noticiários. Assassinatos protagonizados pelo Estado com a conivência da sociedade são rotineiros. Carandiru, Candelária, Amarildo, Claúdia, Douglas, Eduardo e todos os que foram assassinados, violentados e desumanizados não param o país. O Brasil não chora diante de vidas negras silenciadas.
 
– Quando uma pessoa negra morre, qual é a cor da sua indignação?
 
Organizado por profissionais e ativistas negros e negras, o Projeto 111 questiona a passividade e naturalidade com que o extermínio da pessoa negra é visto pela sociedade e imprensa. O Estado brasileiro, em sua forma militarizada, é o principal agente causador do genocídio da população negra. O número de jovens assassinados em nosso pais é tão alto que ultrapassa as mortes em conflito armado de países como Iraque e Síria. Diante desse cenário, nós, negrxs brasileiros, erguemo-nos hoje frente a desumanização do nosso povo e dizemos BASTA!
 
– Por que sua inquietação é seletiva?
 
A passividade mata, a neutralidade consente, a conivência extermina.
 
O Projeto 111 fez exibições simultâneas no dia 20 de dezembro, vinte e dois dias após a chacina na comunidade de Costa Barros no Rio de Janeiro, data na qual Roberto Penha completaria 17 anos. A intervenção ocorreu em São Paulo – SP, Campinas – SP, Rio de Janeiro – RJ, Brasília – DF, Salvador – BA, Porto Alegre – RS e Goiânia – GO às 20h (horário de Brasília). A ação ocorreu também nas mais diversas redes sociais por meio do compartilhamento de vídeos e do manifesto “Viver é um ato de (r)existência”.
 
 
 
No dia 2 de abril de 2015, o menino Eduardo de Jesus Ferreira foi assassinado, em frente a sua mãe, com um tiro de fuzil na cabeça por um policial do Unidade de Policia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. Após a repercussão do caso, vídeos falsos de um menino portando armas foram postados por policiais em diversas mídias sociais com o objetivo de dizer que esse menino era Eduardo e justificar sua morte frente a sociedade racista brasileira. Nós do projeto 111 nos levantamos para lutar por Eduardo e por todas as vítimas da violência policial no Brasil, polícia que mais mata no mundo.
 
Convocamos a todxs para contribuir com o ato em homenagem a Eduardo, cobrando justiça do Estado brasileiro e divulgando em suas redes sociais o vídeo protesto #JusticaParaEduardo no dia 01 de abril de 2016 à meia noite.
Segue link para teaser do vídeo:

 
Também por meio das hashtags: #JusticaParaEduardo #SaudadesDoDudu #JovemNegroVivo #QualEACorDaSuaIndignacao #Projeto111 e alterando sua foto de capa no Facebook para a foto abaixo.
 
Para mais informações entre em contato pelo e-mail: cinemapretx@gmail.com
 
Não aceitamos mais a impunidade diante de mortes negras!
 
Lutando contra o genocídio da população negra e pobre no Brasil

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