No final de 2014 Iara Rennó (guitarra e voz) chamou Mariá Portugal (bateria e mpc) e Maria Beraldo Bastos (clarone), trio para performar o show MACUNA, no qual reinterpretam as canções de Macunaíma Ópera Tupi (Iara Rennó, Selo SESC, 2008). Da sonoridade eletrizante deste encontro surgiu a ideia de gravar o disco, com músicas autorais e inéditas de Iara com parceiras como Alice Ruiz (Vulva Viva) e Alzira E (O Que Me Arde), além de uma música composta sobre fragmentos de textos de Eduardo Viveiros de Castro (Corpo Selvagem). ARCO versa sobre libertação e empoderamento da MULHER, mas também sobre o princípio feminino, independente de gênero. Projeto gráfico de Rodrigo Sommer.
FLECHA surge do re-encontro musical com Curumin e sua parceria na produção. No repertório parcerias com Gustavo Galo, Paulo Leminski, Domenico Lancellotti e Bruno di Lullo, entre outros, e também uma música inédita de Negro Leo. Na banda, integrantes do Bixiga 70 (Maurício Fleury, Cuca Ferreira, Daniel Gralha e Douglas Antunes), além de Lucas Martins, Gustavo Cabelo e Maurício Badé completando o molho. Partindo das raízes afro-brasileiras, das cantigas, batuques, terreiros, FLECHA encontra sua negritude própria para balançar qualquer pista de dança. O disco conta ainda com as participações de Ava Rocha e Mãeana. Projeto gráfico de Rodrigo Sommer. Lançamento ybmusic/ Selo Circus.
ARCO é composto por nove canções, e a banda que acompanha Iara é formada por Elas: Mariá Portugal na bateria, Maria Beraldo Bastos no clarone e a própria Iara na guitarra e na produção.
FLECHA tem a espinha dorsal também formada por nove faixas e o time é composto por Curumin na bateria, teclado, mpc e produção, Maurício Badé na percussão, Lucas Martins no baixo e no violão e Daniel Gralha no trompete e fluguelhorn, Gustavo Cabelo na guitarra, Maurício Fleury nos synths, e Cuca Ferreira no sax barítono.
A separação em dois discos distintos se deu de forma natural, então não se trata de uma dicotomia forçada: são trabalhos com identidades diferentes, mas que se complementam e se potencializam, pois juntos mostram a pluralidade desta artista. As composições são em sua maioria assinadas pela cantora, com diferentes parceiros, como Paulo Leminski, Alice Ruiz, Gustavo Galo, e até fragmentos de textos de Eduardo Viveiros de Castro. Iara também exercita seu lado de intérprete com “Ritmo da Moçada”, de Negro Leo, e “Quebra”, parceria dela com Domenico Lancelotti e Bruno di Lulo, ambas faixas de FLECHA. Já “Ciranda das Iyabás” tem o coro reforçado por Ava Rocha e Ana Cláudia Lomelino, dando um toque feminino no disco mais ‘yang’.
Lançamento ybmusic / Selo Circus