Morreu na manhã deste sábado (15), em Aracaju, Sergipe, o escritor e professor Antônio Carlos Viana, 72 anos. Ele lutava contra um câncer tipo mieloma, que atinge a medula.
Antonio Carlos Viana nasceu em 1944. Contista, tradutor e professor. Dono de uma prosa concisa e econômica, sobretudo no que concerne a aspectos formais e de estilo, em geral, de tom seco e preciso. Constrói assim narrativas sem excessos e que versam essencialmente sobre a temática da infância, perda da inocência e morte. Ainda menino, muda-se com a família para o Rio de Janeiro, e cursa o primário na Escola Pública Guatemala. Retornam a Aracaju, em 1955, onde completa os estudos preparatórios. Ingressa, em seguida, no curso de letras com habilitação em francês da Universidade Federal de Sergipe – UFSE, instituição na qual, em 1976, é admitido como professor. Faz mestrado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS e doutorado na Universidade de Nice, França. A estreia no mercado editorial se dá com o livro de contos Brincar de Manja, de 1974. De 1989 a 1990, participa do grupo responsável pela implementação do curso de pós-graduação em letras da UFSE. Concilia a produção literária com as atividades de docente até 1995, quando se aposenta na universidade e cria, em Aracaju, um curso de redação preparatório.
Viana publicou os livros de contos Brincar de Manja (1974); Em Pleno Castigo (1981); O Meio do Mundo (1993); O Meio do Mundo e Outros Contos (1999); Aberto Está o Inferno (2004); Jeito de Matar Lagartas (2015). Infantil e Juvenil: O Palhaço e a Bailarina (2007), com Sonia Maria Machado.
ENTREVISTA
Durante o projeto Quebras, no ano de 2015, em Aracaju, Antonio Carlos Viana concedeu uma entrevista a Marcelino Freire e conversou sobre a carreira literária e da construção de seu mais recente livro Jeito de Matar Lagartas (Companhia das Letras). Confira abaixo:
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
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