Por Pedro Alberto Ribeiro
Há algum tempo, publicamos em nossa seção Poema Livre dois textos de Evandro Aranha, retirados de sua segunda obra, Fragmentos de um Córtex Perturbado II: Resistência Poética & Amor e Outras Does do Cotidiano. Tive a oportunidade de ilustrar a capa desta obra belíssima, que agora se encontra em campanha de financiamento coletivo para o livro em andamento (já ultrapassou os 50%!). Assim, nada mais justo que apresentar aos leitores do portal Livre Opinião – Ideias em Debate uma pequena entrevista com autor, para que assim possamos incitá-los a conhecer seu trabalho e acompanhar suas propostas mais de perto.
No final da entrevista, vocês ainda conferem links para a página dos projetos de Evandro Aranha.
Por que o financiamento coletivo?
Como eu tive no meu primeiro livro a experiência de publicar um livro por uma editora, resolvi lançar essa segunda obra de forma independente. Publicar por uma editora envolve fazer certas concessões que nesse momento eu não gostaria de fazer. Pensei em concorrer a algum edital público mas sentia que nesse momento era hora de envolver todos que gostam do meu trabalho, no processo, desde captar os recursos até receber o livro pronto. Decidido isso, ficou óbvia minha adesão ao financiamento coletivo.
Em no máximo 30 palavras, sobre o que é o segundo volume dos Fragmentos de um Córtex Perturbado?
Aranha: Esse segundo livro terá dois capítulos: A Resistência Poética & Amor e Outras Doses do Cotidiano, que abordarão poemas de um cunho mais político e de sentimentos universais ao ser humano, respectivamente.
Como você vê o atual cenário da poesia no Brasil de modo geral e, mais especificamente, no interior de São Paulo?
Aranha : Poesia é ainda vista como recreio da literatura, ou seja, algo fácil e divertido e por isso, algo de menor valor literário. Quando divulgo meu trabalho de poeta a quem não me conhecer, sinto um desapontamento quando falo que escrevo, porém é poesia, as pessoas aceitam mais livros técnicos, romances, contos entre outros. Há ainda ao atenuante de que a literatura como cultura em geral, mobiliza menos as pessoas do que músicas e teatro, por exemplo. Poesia, por si só, carrega uma verve marginal, ainda que em Sorocaba contemos com alguns locais importantes para difundirmos nossa arte, como o Cantinho Girassol, os Encontros Poéticos, a Feira do Beco do Inferno, entre outros.
O que podemos esperar de Evandro Aranha depois que lançar seu segundo livro?
Aranha : A ideia é agendar uma “turnê” em Sorocaba e cidades próximas para divulgar o livro e os produtos que pretendo vender em conjunto. Na questão escrita, eu já separei os poemas para o terceiro livro, que refletirão mais a influência da geração beat que paira sobre mim agora e realizar um evento grande literário em Sorocaba, para os amantes da escrita.
★★★
Acompanhe Evandro Aranha: