Evento realizado pela Casa das Rosas reflete sobre a poesia rebelionaria hoje e lembra os 60 anos do movimento concretista, fundado em 1956

O simpósio colocará em debate questões como o papel do construtivismo na formulação concretista inicial e sua permanência ou não; o modo como as transformações nas condições técnicas da escrita influenciam na criação poética; o lugar da poesia nos espaços públicos da cidade; o papel rebelionário da tradução poética; a poesia como expressão do mal-estar civilizatório.
Durante o simpósio, será disponibilizado nas dependências da Casa das Rosas o áudio da entrevista realizada com Haroldo de Campos por Thelma Médici Nóbrega , em maio de 2003 – provavelmente, a última entrevista do poeta. Ficará em exibição o vídeo “Anatomia de um ícone”, registro do curso de Gabriel Kerhart sobre Décio Pignatari, realizado em julho de 2016, na Casa.
Os interessados podem entrar em contato com o Centro de Referência Haroldo de Campos e se inscrever no período de 9 a 23 de novembro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na recepção do museu ou pelo e-mail crhc@casadasrosas.org.br
Confira a programação completa:
SÁBADO 26 DE NOVEMBRO
10h30 – Palestra Construtivismo e Monstrutivismo
Com Lucio Agra
Apresentação da pesquisa de doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC- SP (1998). Da pesquisa ao livro, a palestra mostra a trajetória em torno do tema que envolve monstros, alteridade, marginalia e contracultura brasileira.
14h – Mesa Poesia e tecnologia
Com Walter Silveira, Lucia Santaella e Rodolfo Mata
Mediação: Tadeu Jungle
A poesia brasileira de invenção adotou, no início dos anos 60, o lema de Maiakóvsky: “Sem forma revolucionária não há arte revolucionária”. Na perseguição desta coerência entre forma e sentido, a palestra abordará a questão fundamental da pesquisa nas implicações das novas tecnologias na linguagem poética.
15h45 – Coffee Break
16h – Mesa Poesia e espaço público
Com Lucio Agra, Ricardo Aleixo e Reuben da Rocha
Mediação: Julio Mendonça
A conversa abordará um pouco do papel desafiador da poesia frente ao atropelo do cotidiano, dos espaços públicos da cidade e qual o lugar da poesia experimental/visual/performática no meio urbano.
18h30 – Performances
Reuben da Rocha – “o anjo da hipótese”
Lucio Agra – “pelo açougue também se chega a Mondrian”
Ricardo Aleixo – “paupéria revisitada”
DOMINGO 27 DE NOVEMBRO
14h30 – Palestra Non serviam: a perspectiva rebelionária na tradução da tradição
Com Marcelo Tápia
Haroldo de Campos relaciona, a partir do pensamento de Walter Benjamin, o papel do tradutor de poesia ao lema luciferino “non serviam” (“não servirei”). Tal tarefa envolve, também, a noção de se realizar a “tradução da tradição, reinventando-a”, correspondente ao modo como o ensaísta entende o próprio fazer literário e sua história. A palestra abordará a visão de Haroldo acerca de poesia, tradução e criação, buscando evidenciar sua coerência e importância para escritores, tradutores e estudiosos de literatura.
16h – Mesa Poesia, mal-estar e invenção
Com André Vallias, Susanna Busato e Gabriel Kerhart
Mediação: Reynaldo Damazio
Talvez a menos comercial das artes no mundo contemporâneo, a poesia tem sido, pelo menos desde Baudelaire, a arte mais comprometida com a expressão do mal-estar civilizatório moderno. A palestra abordará se há lugar para a invenção poética e o que é poesia de invenção hoje.
17h45 – Coffee Break
18h – Palestra Palavras na câmera escura (sobre a poesia de Augusto de Campos)
Com Gonzalo Aguilar
A palestra toma como ponto de partida a coincidência (ou não) entre a publicação do poema Un coup de dés, de Mallarmé, e o nascimento do cinema. O modelo vigente até o século XIX se inverte: não será mais tinta sobre papel (tipografia), mas branco sobre negro (câmera escura). Não é exagero dizer que Augusto de Campos é o primeiro poeta da câmera escura. Em sua poesia, página não é mais um suporte contingente e passa a ser o campo de batalha em que os signos afloram e se dissolvem.
20h – Performances
Grupo Riverão – “treva é a matinée da farsália (HC in HO; a cabeça do oswaldo Ao modo d farol:)”
Walter Silveira – “busca vida”
André Vallias – “eterno roteiro”
Serviço:
Simpósio Haroldo de Campos 2016 – Poesia Rebelionária
Sábado e domingo, 26 e 27 de novembro
Realização: Centro de Referência Haroldo de Campos
Inscrições: de 9 a 23 de novembro – Grátis – Vagas limitadas
Inscrições na recepção da Casa das Rosas ou pelo e-mail crhc@casadasrosas.org.br
Será fornecido certificado de participação (com 75% de presença)
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô.
Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h;
Domingos e feriados, das 10h às 18h.
Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados).
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