Mediado por Diane Lima, idealizadora do projeto Afrotranscendence, o debate conta com a presença da artista cênica e educadora Deise Brito e do bailarino e coreógrafo Rui Moreira, além de dois artistas sorteados pela chamada aberta – Nega de Souza e Thais Cristina da Silva Ramalho, do Coletivo Antepassados De Cor
Dando continuidade à temática O Negro na Dança na série Diálogos Ausentes, o Itaú Cultural convida o público para no dia 14 de fevereiro, às 20h, debater a presença afro-brasileira na produção artística brasileira. Compõem a mesa do debate a artista cênica e educadora Deise Brito, que traz suas experiências como integrante do Fórum Permanente de Danças Contemporâneas Corporeidades Plurais, e o bailarino e coreógrafo Rui Moreira, que traz seu olhar sobre a diversificação nas danças contemporâneas.
Também participam dois artistas sorteados a partir da chamada aberta. Uma delas, é Nega de Souza, mestra em Artes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), bailarina, performer, pesquisadora das corporalidades afrodescendentes, arte educadora em escolas públicas e tutora a distância. Ela fala sobre a performance Antroposofia: “No processo criativo/constitutivo de minha performance composta de extremos devaneios, busco exteriorizar minhas sensações e ideias vanguardistas, confusas, aceleradas, densas e impactantes por meio de uma performance da corporeidade negra”, conta ela. “Algo sensorial que floresceu em mim lasciva e pulsante sobre a relação entre ser negra e crescer marginalizada por uma sociedade preconceituosa.”
Thais Cristina da Silva Ramalho, integrante do Coletivo Antepassados de Cor, expõe o trabalho realizado pelo grupo que busca, por meio de coreografias, poesias e fotografias, exaltar a ancestralidade e a figura da mulher negra, fazendo um paralelo de gerações, relembrando as lutas dos nossos antepassados que transpassam nossas histórias. O provérbio africano Ubuntu, cuja definição é “eu sou, porque nós somos”, dá norte às reflexões, pois os membros do coletivo entendem que são frutos dos que os antecederam, que um dia foram reis e rainhas.
Com mediação da curadora Diane Lima, após a fala dos convidados, abre-se a conversa com a plateia. O evento tem interpretação em Libras e é transmitido simultaneamente pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br). Este é o segundo dos três encontros que o Itaú Cultural realiza com o tema O Negro na Dança. O próximo acontece no dia 14 de março, e também conta com a participação de artistas convidados e dois artistas selecionados em chamada aberta, realizada de 6 a 22 de janeiro.
Desde abril de 2016, o Itaú Cultural vem realizando esta série com o intuito de analisar entre o público, artistas e especialistas a representação dos negros em uma área de expressão diferente, a cada três meses. No ano passado, o primeiro bloco de três encontros discutiu as artes visuais; na sequência, os debates foram sobre as artes cênicas – com foco no teatro –, e por fim, o audiovisual, sobre o olhar do cinema negro. Neste ano, depois do debate sobre a dança, os temas abordados serão a literatura e, depois, a música.
Sobre Deise Brito
Artista da dança, do teatro e educadora. É componente do Núcleo Vênus Negra e da Ouvindo Passos Cia de Dança. Desde 2013 é pesquisadora do Grupo Terreiro de Investigações Cênicas: Teatro, Brincadeiras, Rituais e Vadiagens, da UNESP. É integrante do Fórum Permanente de Danças Contemporâneas Corporalidades Plurais. Desenvolve pesquisas referentes a histórias de artistas negra(o)s e suas corporeidades no cabaré, music-hall e teatro de revista. Mestra em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP e Doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP.
Sobre Rui Moreira
Bailarino, coreógrafo e investigador de culturas, Rui Moreira é original de São Paulo e está radicado em Belo Horizonte desde 1984. Sua carreira teve início no final dos anos 1970 e está fortemente marcada por sua participação no Grupo Corpo (MG), Cisne Negro (SP), Balé da Cidade de São Paulo, Cie. Azanie (França/Lyon), Cia. SeráQuê? (MG), e atualmente na Rui Moreira Cia. de Danças (MG). Fez a curadoria da Mostra de Dança Contemporânea Telemig Celular Arte em Movimento (2004) e do FAN – Festival Internacional de Arte Negra, nos anos de 2003, 2005, 2006, 2007 e 2009, promovido pela prefeitura de Belo Horizonte. Participou de grupos de trabalho que redigiram a CBO – Classificação Brasileira de Ocupações da dança realizada pela faculdade de educação de Campinas – UNICAMP.
SERVIÇO
Diálogos Ausentes – O Negro na Dança
Artistas convidados: Deise Brito e Rui Moreira
Artistas selecionados pela chamada aberta: Nega de Souza e Thais Cristina da Silva Ramalho
Mediadora: Diane Lima
Dia 14 de fevereiro (terça-feira), às 20h
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Interpretação em Libras
Sala Multiuso – 90 lugares
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 2 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 3 horas: R$ 7;
4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 12.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado
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