A nova programação do instituto mescla o virtual e o presencial em conversas com especialistas e apresentações sobre a obra de grandes artistas brasileiros, a partir de verbetes da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras, hospedada no site da instituição; começa com o crítico Tárik de Souza e os grupos Saxofonando, Chorando em Ré Menor e Galo Preto para bate-papos e shows sobre Pixinguinha, que comemoraria 120 anos de nascimento neste mês
De 20 a 23 de abril (quinta-feira a domingo), o Itaú Cultural estreia Navegando pela Enciclopédia, nova programação do instituto, que faz um mergulho no universo virtual da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras (www.enciclopedia.itaucultural.org.br) para trazer à tona, em encontros presenciais, o trabalho de importantes nomes da cultura nacional. O personagem inaugural é a obra de Alfredo da Rocha Vianna Filho, Pixinguinha (1897-1973). No primeiro dia, promove um bate-papo com o crítico musical e jornalista Tárik de Souza sobre o compositor. As bandas Chorando em Ré Menor e Saxofonando, formações da Escola do Auditório, fazem show no dia 21. O grupo Galo Preto, um dos mais tradicionais de choro do Rio de Janeiro, se apresenta no fim de semana, 22 e 23. O próximoNavegando será realizado no dia 30 de abril, na sala dos pôsteres do Auditório Ibirapuera, com foco em Dorival Caymmi.
A conversa sobre Pixinguinha comandada por Tárik de Souza abre a programação no dia 20 de abril (quinta-feira), às 20h. Ele faz um roteiro permeado por fotos e trechos de canções do flautista, saxofonista, compositor, arranjador e chefe de orquestra, que se tornou um dos maiores expoentes da música brasileira na primeira metade do século passado. O jornalista domina o assunto, fruto de anos de profissão com passagem pela maioria dos grandes veículos de comunicação nacionais e com um vastíssimo currículo que inclui publicação de livros, consultorias para séries editoriais sobre música, criação de revistas e sites, apresentação de programas na tevê e no rádio.
Ao som de canções como Carinhoso (Pixinguinha/João de Barro), 1×0 (Pixinguinha/Nelson Ângelo) e Rosa (Pixinguinha/Otávio Moraes), o jornalista destaca pontos como a genialidade musical do homenageado e seu trânsito entre os intelectuais da época. Ele destaca, ainda, a sensibilidade do músico para compor parcerias. Uma delas, além das citadas, é Os Home Implica Comigo, feita com Carmen Miranda. Também levanta curiosidades em relação ao apelido com qual o compositor ficou famoso – uma contração das palavras pizindin, menino bom, com bexiguinha, devido às suas marcas no rosto provocadas pela varíola – e a sua data de nascimento. O encontro é aberto a perguntas da plateia.
Dobradinha
No feriado de Tiradentes, 21 de abril (sexta-feira), a obra de Pixinguinha conduz o encontro musical dos grupos Saxofonando e Chorando em Ré Menor, a partir das 20h, na Sala Itaú Cultural. Formações independentes, compostas por jovens músicos formados pela Escola do Auditório Ibirapuera juntamente com outros instrumentistas, as duas fazem uma apresentação instrumental, com obras de Pixinguinha e de outros artistas, que, como eles, dialogam com o trabalho do compositor.
Tendo no centro do palco a saxofonista Beatriz Pacheco, que integra os dois grupos, eles fazem uma espécie de bate-bola musical no palco. Abrem a apresentação juntos interpretando O Gato e o Canário. Depois, alternam-se na interpretação de composições do homenageado como Segura Ele, Cochichando, Displicente, Vem Vindo e Oito Batutas. Fecham o show voltando a tocar juntos Retratos: Pixinguinha, composição de Radamés Gnattali.
O Chorando em Ré Menor foi criado em 2009, durante as aulas na Escola do Auditório Ibirapuera quando Beatriz Pacheco (saxofone), Leandro Carvalhal (cavaquinho), Leonardo Oliveira (violão), Liw Ferreira (bandolim/arranjos), Si.Sa Medeiros (percussão) e Wellington Silva (violão 7 cordas/arranjos) se reuniram para formar o grupo. A proposta, seguida até hoje, é pesquisar gêneros musicais tradicionais do Brasil, como choro, maxixe, samba, polca, valsa-choro, e composições contemporâneas, autorais ou não.
Dois anos mais tarde, Beatriz criou com Danilo Rocha (sax alto), Herbert Lucas (sax tenor) e Janderson Bernardo (sax barítono), também alunos da EAI, o quarteto Saxofonando. Desta vez, com o intuito de mesclar a música popular brasileira com a tradição clássica europeia, sobretudo a diversidade de estilos, em um repertório que vai de Pixinguinha ao francês Pierre Max Dubois, passando pelo argentino Astor Piazzolla e o cubano Paquito D’Rivera
Tradição
A programação de estreia do Navegando pela Enciclopédia encerra com dois shows de um dos mais tradicionais grupos de choro em atividade no Rio de Janeiro. O Galo Preto se apresenta no dia 22 (sábado), às 20h, e no dia 23 de abril (domingo), às 19h, na Sala Itaú Cultural, fechando essa homenagem a Pixinguinha no mesmo dia em que se comemora 120 anos de seu nascimento.
Referência no cenário da moderna música instrumental brasileira, o Galo Preto foi criado em 1975, com um trabalho instrumental inovador. Atualmente composto por Afonso Machado (bandolim e arranjos), Alexandre Paiva (cavaquinho), Diego Zangado (percussão), José Maria Braga (flauta), Tiago Machado (violão) e Zé Luis Maia (Baixo), já tocou com Cartola, Elza Soares, Arthur Moreira Lima, Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Nelson Sargento e Rafael Rabello, entre outros.
No Itaú Cultural apresentam composições próprias, como Café Pra Dois (Afonso Machado/Luiz Moura) e A Última Barca (Afonso Machado), passeiam pelo repertório de compositores como Paulinho da Viola, em Inesquecível, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, em Pranto de Poeta, e Tom Jobim, com Falando de Amor, e fazem sua reverência ao homenageado em composições como Ainda Me Recordo (Pixinguinha / Benedito Lacerda) e na clássica Carinhoso (Pixinguinha/João de Barro).
Sobre a Enciclopédia
Com cerca de 200 mil registros de artistas, instituições, grupos, exposições, espetáculos e obras, a Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras é uma referência virtual que reúne informações sobre a produção brasileira em artes visuais, arte e tecnologia, literatura, teatro, cinema, dança e música.
A criação da Enciclopédia Itaú Cultural remete à fundação do instituto, em 1987, cuja missão original era a constituição de um Banco de Dados Informatizado sobre arte brasileira. Inaugurado em 1989, esse acervo era acessado pelo público na sede do instituto.
A publicação da Enciclopédia na internet aconteceu em abril de 2001, com uma primeira versão dedicada exclusivamente às artes visuais. Em 2004, foi publicada a de teatro, em 2007 as de arte e tecnologia e literatura, e em 2014, as de cinema, dança e música. Em 2009, teve início o processo de criação de uma enciclopédia unificada, reunindo o conteúdo de todas e permitindo uma navegação com o entrecruzamento de dados. Em 2017, ano em que o Itaú Cultural completa 30 anos, ela ganhou novos desdobramentos, sendo lançada em formato mobile e com ferramentas de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, cegas e surdas.
Acesse o verbete de Pixinguinha, homenageado nesta edição do Navegando pela Enciclopédia: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12197/pixinguinha
SERVIÇO
Navegando pela Enciclopédia
De 20 a 23 de abril de 2017 (quinta-feira a domingo)
Dia 20 de abril (quinta-feira), às 20h
Conversa com Tárik de Souza
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: Livre
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Piso Térreo
Dia 21 de abril (sexta-feira), às 20h
Show Chorando em Ré Menor & Saxofonando
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: Livre
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Piso Térreo
Dia 22 de abril (sábado), às 20h
Dia 23 de abril (domingo), às 19h
Shows Galo Preto
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: Livre
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Piso Térreo
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 2 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 3 horas: R$ 7;
4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 12.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Itaú Cultural
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