dou passos
errados
tropeço
caio
sou péssima
com os pés
queria mesmo
é voar
É com este poema que Mariana Teixeira abre seu terceiro livro, breves verdades e outras mentiras, que será lançado pela Editora Patuá na próxima quinta-feira, 27 de abril, a partir das 19h, na Patuscada livraria, bar & café (R. Luis Murat, 40, Pinheiros/São Paulo). Leia no final da matéria dois poemas que fazem parte do livro.
Nele, a poeta explora seu(s) universo(s) interno(s) e suas percepções sobre o que está ao redor por meio de poemas curtos e pensamentos/sentimentos/questionamentos subjetivos. De acordo com o escritor Manoel Herzog, que assina o prefácio do livro:
“(…) a poética de Mariana Teixeira espalha-se mais por entrelinha que por verborragia. No não dito, no sugerido, reside a força de seus versos, necessários num mundo literário onde tanto se apregoa haver tudo já sido dito. Não quer vender nada, quer dizer falando pouco. E diz.”
Além de São Paulo, o lançamento de breves verdades e outras mentiras também está confirmado em São José dos Campos, no mês de maio (dia e local a serão divulgados em breve).
Sobre a autora
Mariana Teixeira é poeta e autora dos livros Inversos Paralelos (JAC Editora, 2013) e O que tirei da mala (Editora Patuá, 2015). Escreve em seu blog ‘Correndo com os dedos’ (www.correndocomosdedos.blogspot.com.br) e tem textos publicados em diversas antologias, entre elas, nos 3 volumes de Hiperconexões: realidade expandida (Editora Terracota, 2013 e Editora Patuá, 2014 e 2017), a primeira antologia de poemas sobre o pós-humano da literatura brasileira, organizada por Luiz Brás.
Em 2014, participou do Festipoa – Festival Literário de Porto Alegre. Em 2015, teve poemas selecionados para a exposição Poesia Agora, realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo; participou da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco e foi a poeta homenageada na 39ª edição da Revista e Sarau Gente de Palavra.
Leia dois poemas do livro breves verdades e outras mentiras
das coisas
que mais entendo
sei muito pouco
é preciso
certa ignorância
pra ser humana
★★★
faço
protestos internos
interdito
o que sinto
★★★★★★