O festival Antro Hilda Hilst (AntroHH) abre inscrições para residência artística no Instituto Hilda Hilst, em Campinas. Aberto para pessoas físicas de todos os municípios de São Paulo, o processo escolherá um projeto a ser desenvolvido e finalizado durante a estadia de três semanas.
A proposta selecionada será contemplada com estadia de duas semanas na Casa do Sol, local que Hilda construiu, em 1966, e que se tornou um grande símbolo na criação de suas obras.
Os interessados podem cadastrar seus projetos de residência artística até o dia 7 de junho pelo formulário online.
O regulamento completo pode ser consultado no endereço www.antrohh.com/residenciahh. A proposta vencedora será anunciada no dia 11 de junho 2017 pelo site do festival.
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CASA DO SOL – No meio da década de 60, Hilda Hilst decidiu se afastar da vida agitada da Capital e passou a viver na sede da fazenda da família, em Campinas, durante a construção da sua própria casa numa parte daquela propriedade.
Planejada detalhadamente pela autora para ser um espaço de inspiração e criação artística, a Casa do Sol também serviu de ocupação artística para os amigos de Hilda. Lá, eles discutiam filosofia, política e artes, entre outros temas. Hilda viveu no local até fevereiro de 2004, quando veio a falecer. Atualmente a propriedade é administrada pelo Instituto Hilda Hilst, que preserva o local e os pertences lá deixados pela escritora.
HILDA HILST – Nascida em Jaú (SP) em 1930, formou-se em Direito pela USP e, aos 35 anos de idade, mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas. Lá, na companhia de dezenas de cachorros, ela se dedicou integralmente à criação literária, entre livros de poesia, ficção e peças de teatro. Nos anos 1990, irritada com o parco alcance de sua escrita, anunciou o “adeus à literatura séria” e inaugurou a fase pornográfica, com os títulos que integrariam a “tetralogia obscena”. Hilda morreu em 2004, em Campinas.
Premiada em diversas áreas, Hilst construiu um estilo literário que explora a sexualidade e a relação humana. Com Presságio (1950) e Balada de Alzira (1951), Hilda inaugura sua carreira na literatura. Não ficou apenas na lírica e escreveu ficção, como os textos Fluxo – Floema (1970), o aclamado O Caderno Rosa de Lory Lamby (1990) e Cascos e Carícias, com crônicas reunidas no período de 1992 a 1995. No teatro, Hilda escreveu a O Rato no Muro (1967), O Visitante (1968), além da premiada O Verdugo, de 1969.

Sala de Memórias – Casa do Sol
AntroHH – Festival de oficinas, performances e mostras interativas inspiradas na escritora paulista Hilda Hilst, o projeto foi premiado pelo Edital de Festivais de Arte Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado São Paulo.
Com produção da Cama Leão e apoio dos Institutos Hilda Hilst e Criar de TV, Cinema e Novas Mídias, o projeto itinerante utiliza a arte-educação como ferramenta de transformação social e garante acesso ao fazer artístico para crianças, jovens e adultos. Acompanhe o AntroHH nas redes sociais: Instagram e Facebook.
corrigindo o link para inscrição de propostas <3
https://goo.gl/forms/PL7gELsEg3RmGfcg1