Academia de Palhaços apresenta a premiada ‘Adeus, Palhaços Mortos’, refletindo sobre o ofício de atuar e o momento atual da profissão

Nesta adaptação tecnológica de obra do dramaturgo romeno Matei Visniec, três palhaços velhos se encontram em uma agência de empregos para disputar a mesma vaga de trabalho e acabam por refletir sobre suas trajetórias; no palco, a peça se passa dentro de um cubo com projeções de luz e vídeos, que rendeu à companhia o Prêmio Shell 2016 de Melhor Cenário

O Itaú Cultural recebe no dia 22 de agosto (terça-feira), às 20h, a companhia Academia de Palhaços com a peça Adeus, Palhaços Mortos. Adaptação da obra Petit Boulot Pour Vieux Clown, do dramaturgo romeno Matei Visniec, a montagem estreada há um ano, com direção de José Roberto Jardim, é uma ode ao ofício do ator e faz um mergulho nos fundamentos filosóficos da carreira de artista a partir do encontro de três amigos de profissão se veem batalhando pela mesma vaga de trabalho, o que faz aflorar amizades, memórias, segredos, assim como pequenezas e vilanias.

A história de Adeus, Palhaços Mortos tem início quando três palhaços de circo, vividos pelas atrizes Laíza Dantas e Paula Hemsi e pelo ator Rodrigo Pocidônio, se reencontram após muitos anos na antessala de uma agência de empregos, atraídos por um anúncio que buscava um palhaço velho para apenas uma vaga de trabalho. É ali que eles se alternam entre lembranças doces de uma vida devotada à arte e o medo do futuro de incertezas, decadência e morte.

Primeiro espetáculo da Academia de Palhaços no qual o arsenal técnico do ator popular dialoga com tecnologias digitais, a trama se passa dentro de um cubo, onde os personagens ficam inseridos, cujas faces translúcidas recebem vídeo-projeções feitas pelo coletivo Bijari a partir de grafismos abstratos e trechos de vídeos documentais de registro da trajetória da própria Academia de Palhaços. As imagens, ao mesmo tempo que trazem lembranças, ora revelam e ora escondem os atores em cena. No palco, a trilha sonora eletroacústica composta por Tiago de Mello funciona como um quarto personagem, ajudando a criar os abruptos deslocamentos de percepção da encenação.

A peça começou a ser montada em 2015, quando a companhia teve a sua Kombi-palco consumida por um incêndio. O fato acarretou na pausa dos cinco espetáculos com os quais viajavam por diferentes cidades e em um momento reflexivo da trupe sobre os nove anos de trajetória artística pelo teatro popular circense. Foi então que convidaram José Roberto Jardim para dirigir o texto de Matei Visniec, conduzido pelo embate entre os palhaços e pela reflexão sobre o ofício de atuar.

Com uma bem-sucedida temporada de estreia, Adeus, Palhaços Mortos venceu o Prêmio Shell 2016 de Melhor Cenário, além de receber cinco outras indicações em diferentes premiações: ao Prêmio Governador do Estado de Teatro na categoria Teatro e ao Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Figurino, Melhor Atriz, Melhor Direção e Melhor Espetáculo de Grupo. A Academia de Palhaços foi convidada ainda a apresentar o espetáculo no Festival Internacional World Stage Design 2017, realizado há um mês em Taipei, em Taiwan.

Sobre a companhia e o diretor

A Academia de Palhaços vem desde 2007 pesquisando o palhaço de circo, o melodrama, o teatro de revista e outras espetacularidades populares. Em 2016 toda esta pesquisa foi revisitada e a partir da parceria com o diretor José Roberto Jardim, o músico Tiago de Mello e os artistas visuais do coletivo Bijari, surgiu uma nova configuração de sua criação artística. Todo o arsenal técnico do ator popular é agora utilizado em uma perspectiva contemporânea em diálogo com tecnologias digitais, em busca de uma forma teatral híbrida. O primeiro fruto desta nova Academia de Palhaços é o espetáculo Adeus, Palhaços Mortos, que foi ganhador do Prêmio Shell de Melhor Cenário, além de receber indicações nas categorias melhor direção, melhor espetáculo de grupo, melhor atriz e melhor figurino no Prêmio Aplauso Brasil.

O diretor José Roberto Jardim iniciou sua carreira artística em 1989. Foi membro fundador da companhia Os Fofos Encenam, na qual permaneceu por 12 anos, participando de sete espetáculos como ator e dois como assistente de direção do dramaturgo e diretor Newton Moreno. Participou em mais de 20 espetáculos como ator, ganhando os prêmios de Melhor Ator em 2004, no Festival de Jales, e o de Melhor Ator Coadjuvante em 2003, no Festivale. Dirigiu três curtas-metragens e um longa, ainda inédito. Fundou sua companhia, a Cia. Portrait de Teatro. No teatro dirigiu textos de Michelle Ferreira, Newton Moreno, Matei Visniec e Sérgio Roveri, seu parceiro artístico há mais de 10 anos. Em 2016, além de Adeus, Palhaços Mortos, dirigiu e encenou Chet Baker – Apenas Um Sopro e Não Contém Glúten, o qual lhe rendeu a indicação do Prêmio APCA de Melhor Direção.

Adeus, Palhaços Mortos_foto1 Victor Iemini

“Adeus, Palhaços Mortos” (Foto de Victor Iemini)

Ficha Técnica
Texto Original: Matei Visniec
Direção e Adaptação: José Roberto Jardim
Elenco: Laíza Dantas, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio
Direção Musical e Trilha Sonora Original ao vivo: Tiago de Mello
Cenografia e Vídeo-Instalação: BijaRi
Figurino: Lino Villaventura
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Iluminação: Paula Hemsi e José Roberto Jardim
Direção de produção: Carol Vidotti
Fotos de divulgação: Victor Iemini
Realização: Academia de Palhaços

Terça Tem Teatro
Adeus, Palhaços Mortos, com Academia de palhaços
Dia 22 de agosto, às 20h
Duração: 70 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: duas horas antes do evento | com direito a um acompanhante
Público não preferencial: uma hora antes do evento | um ingresso por pessoa
Interpretação em Libras

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