Uma das instituições de formação artística e cultural mais emblemáticas do Brasil convida a população para celebrar a memória, a convivência coletiva e a construção de uma história de 50 anos, que transpassa gerações e que forma grandes artistas
Criando vínculos e inegavelmente contribuindo para a formação artística e fortalecimento da cultura no país, a Fundação das Artes de São Caetano do Sulcompleta meio século de vida no ano de 2018 e convida a população para uma viagem no tempo e em sua trajetória.
Um dos patrimônios culturais da cidade de São Caetano e do ABC Paulista, a Fundação das Artes tem uma história marcada por momentos importantes e simbólicos que fizeram com que a Instituição se consolidasse como um polo importante e necessário de cultura para a região.
Os alunos aprendem e praticam um novo ofício, que pode vir a se tornar sua profissão, estabelecem contato com outras linguagens artísticas, convivem com pessoas de realidades muito distintas, e estabelecem uma relação com a instituição não apenas acadêmica, mas afetuosa. Mas além do eixo acadêmico, alunos, pais e a própria população, frequentam o prédio em horários extras para estudar, ensaiar, planejar e assistir apresentações.
“O tempo. Os lugares. As presenças e os retornos. Em tempo remoto – e eu ainda um menino – fui aluno da terceira turma de teatro profissionalizante. Hoje, depois de um trajeto longo na arte, retorno ao mesmo lugar para ser professor de teatro. Ah, o tempo, os lugares e os retornos – um presente!” – Evill Rebouças, que éProfessor de Teatro do Mediotec (curso técnico) que lembra uma das muitas experiências marcantes relatadas por pessoas que tiveram diferentes tipos de relação com a instituição e que são guardadas com carinho.
A Fundação das Artes é reconhecida por ter contribuído com o percurso profissional de uma legião de artistas-em-formação que se tornaram expoentes em seus campos de atuação, o que consolida seu potencial e experiência na formação artística.
Passaram pela Instituição nomes como Cássia Kiss, Marcos Frota, Fábio Assunção, Antônio Petrin, Ulisses Cruz, Amílton Godoy, Nelson Aires, Daniel Melim, Eugênio Kusnet, Roberto Sion e outros tantos alunos que acabaram se tornando mestres e profissionais consagrados em suas respectivas áreas de atuação.
Da Escola de Música surgiram nomes que se destacaram em festivais, concursos, apresentações e como profissionais respeitados no meio artístico. Exemplos disto são os ex-alunos que fazem parte da Nômade Orquestra (Big Band que mistura jazz, funk, rock, reggae, blues e música do mundo, atualmente em turnê pela Europa), Adenílson Telles, ex-aluno que atuou na Orquestra Filarmônica de Berlim e Dorotheia Gruber Chinaglia, que foi aluna de Marília Pini (ex-professora da Fundação das Artes que atuou como violinista nas principais orquestras de São Paulo) e que hoje, além de reger a Camerata de Cordas da instituição, também é integrante da Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA).
Na Dança, nas Artes Visuais e no Teatro, alunos e ex-alunos se espalham e integram renomados grupos e coletivos, como é o caso da Cia. Estável de Teatro, Sinha Zózima, Grupo XIX, Cia Druw da Miriam Druwe, entre outros.
Poucas instituições no Brasil tem uma história tão rica na formação de artistas e no fomento à arte. Engajando alunos, professores, funcionários, se mantendo no exercício de estar conectada com o território que a cerca e com a importância de uma formação artística nesta região, em seus 50 anos a Fundação das Artes manteve suas portas abertas para a comunidade interna e externa.
Entre as ações que se relacionam mais diretamente com o território, está o Som na Calçada (iniciativa do pianista Rodrigo Braga, professor da casa e ex-aluno, em parceria com os ex-alunos André Soratti e Edson Silva). Há cinco anos, toda segunda-feira, o grupo realiza uma apresentação na calçada em frente ao prédio da Fundação, convidando os passantes para um momento de arte gratuita e democrática, com muito jazz e música instrumental.
A Instituição sempre produziu também eventos da mais alta qualidade artística, recebendo nomes consagrados no Brasil e no mundo, ampliando as possibilidades de interação e experiências entre alunos, professores e artistas convidados. Em 1971, por exemplo, estreou pela Escola de Teatro, a montagem de A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, na qual a parte musical foi feita com arranjos de Roberto Manzo, executados ao violão por Henrique Pinto, outro grande professor de relevância nacional, que atuava na escola desde o ano anterior.
Além de movimentar a cena artística da região com festivais, workshops, shows, concursos, concertos, temporadas teatrais, dança, exposição, aulas especiais, debates e outras atividades, a Fundação das Artes também concebeu importantes publicações (Revistas, Periódicos, Folhetins) contribuindo para a disseminação de conteúdos artístico-culturais.
A celebração dos 50 anos da Fundação das Artes teve início no fim de 2017, com o anúncio da redução de todas as mensalidades para 2018. Como uma forma de incluir a população nesta grande comemoração, a FASCS reduziu os valores de todas as mensalidades possibilitando que um maior número de pessoas tivesse acesso aos vários cursos oferecidos pela instituição. Agora, a celebração segue com ações gratuitas para a população, promovendo um grande encontro de gerações valorizando aquilo que essa história tem de melhor: a relação estabelecida com este espaço de aprendizado pela comunidade interna e externa, e essa memória viva que pulsa ao lado da história da cidade de São Caetano e da Cultura Nacional.
SEMANA DE CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DA FUNDAÇÃO DAS ARTES.
DE 23 a 28 de ABRIL DE 2018
Mais informações em: www.fascs.com.br ou www.facebook.com/fascs