Companhia Antropofágica encerra temporada do espetáculo OPUS XV que celebra seus 15 anos

No próximo fim de semana a Companhia Antropofágica realiza as últimas apresentações da temporada de OPUS XV, espetáculo que celebra os 15 anos do grupo. As apresentações serão no Espaço Pyndorama com ingressos gratuitos

 foto opus xv alan siqueira 3

De 20 a 22 de abril (sexta, sábado e domingo) acontecem as últimas apresentações da temporada do espetáculo OPUS XV, montagem mais recente da Companhia Antropofágica de Teatro.

O espetáculo marca os 15 anos da companhia, celebrado em 2017, e é resultado da [Tram(a)ntropofágica] – projeto anterior que englobou mais de 140 dias de ações gratuitas para a população, revisitando todo o seu repertório de criação, pesquisa e experimentos, a fim de desvendar os elementos constitutivos do presente coletivo.

A peça foi construída na forma de uma rapsódia, no sentido delineado por Gilda de Melo e Souza ao descrever o processo composicional da obra Macunaíma, de Mario de Andrade, ou ainda pelo estudo de Maria Augusta Fonseca sobre o livro Pau-Brasil, de Oswald de Andrade. Embebida ainda de contribuições valiosas do teatro épico de Bertolt Brecht, do Teatro Documentário, do teatro de memória de Tadeusz Kantor e da forma ensaística de Adorno.

Para a criação de OPUS XV, o grupo buscou compreender o que de universal havia em seu repertório, em uma espécie de peça-manifesto da ética e da poética desenvolvidas ao longo de seus quinze anos. O espetáculo é uma espécie de viagem poética no tempo. Uma viagem pela trajetória de 15 anos de trabalho coletivo, com todos os desafios, percalços e contextos históricos inerentes a esse período.

“Uma peça que arranca de nossas entranhas as camadas históricas do passado coletivo, uma composição polifônica que destila o que tem de universalidade nos trabalhos anteriores do grupo. Como uma pilha de negativos que procura lançar nova luz sobre o tempo presente. Uma espécie de peça em formato de manifesto palimpséstico da ética e poética praticada pelo grupo nos últimos 15 anos.” Thiago Reis Vasconcelos.

 

O NOVO PROJETO – [D.E.T.O.X] – Devising Experimental da Toxicologia do Objeto X

A temporada de OPUS XV é a primeira fase do projeto [D.E.T.O.X] que tem como fio condutor o diálogo entre territórios extremos da cidade, através de ações formativas, experimentos cênicos com dramaturgos convidados, mecanismos de registro e compartilhamento do processo criativo da Antropofágica e a criação de um novo espetáculo, tudo com a intenção de ampliar os diálogos da Antropofágica com os espaços públicos. As ações deste projeto extrapolam os limites de sua sede, o Espaço Pyndorama, e seguem também para a região de Perus, para a criação do Teatro de Monhangokaracy (parte do projeto que posteriormente será revelada pela Companhia).

[D.E.T.O.X] – Devising Experimental da Toxicologia do Objeto X parte da necessidade da Companhia de aprofundar as pesquisas sobre questões eco-ambientais contemporâneas, a fim de operar a ponte entre um pensamento desenvolvido no início do século XX e os processos de devastação do planeta atualmente em curso. Uma proposta de pesquisa sintetizada no conceito de Modernidade Tóxica: uma ampla toxicologia dos muitos projetos modernos que coabitam no país, abrangendo desde questões do manejo ecológico do solo como oposição aos agrotóxicos industriais até a dimensão metafórica do conceito de tóxico presente na arte, na literatura, no teatro e em manifestações diversas da indústria cultural.

Este é um projeto de continuidade dos quinze anos de trabalho teatral coletivo da Antropofágica, que busca abarcar a totalidade de seu diálogo artístico com a cidade de São Paulo.

Com mais de trinta integrantes que se revezam entre direção, atuação, música, pesquisa, produção, registro e muitos dos quais com mais de 10 anos de trabalhos conjuntos e ininterruptos, o grupo busca desde sua origem devolver à cidade criações e experiências cênico-musicais que sejam alimento para o livre pensar.

A COMPANHIA

Companhia Antropofágica é um grupo criado em 2002 que tem a antropofagia como princípio motivador de seu processo sócio-artístico, com um histórico que envolve inúmeros processos de criação, estudo e experimentação, reconhecidos por prêmios e indicações. Desde sua criação, o grupo opta por pesquisar procedimentos, gêneros, autores e textos ligados à tradição das formas híbridas, muito propícias ao ideal antropófago que nos move.

O grupo se prepara para uma ampla jornada de ações com seu novo projeto [D.E.T.O.X] – Devising Experimental da Toxicologia do Objeto X, contemplado na 31ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Acompanhe as ações do projeto [D.E.T.O.X] em: www.facebook.com/CiaAntropofagica ou www.antropofagica.com/

 OPUS XV - Foto Alan Siqueira (8)

OPUS XV

OPUS XV – Máquina de Memória dos quinze anos da Companhia Antropofágica, que desafia a história do grupo na busca por responder aos mecanismos históricos que determinam a própria possibilidade de qualquer existência coletiva. Uma engrenagem teatral projetada para expor suas próprias entranhas, desafiando o individualismo crescente. Como forma de resistência à realidade degradada, a peça crava uma fresta de liberdade entre as determinações objetivas do passado social e as escolhas subjetivas do indivíduo, transformando o espaço do palco em uma plataforma onírica em meio às tensões históricas do tempo presente.

Últimas apresentações da temporada: 20 a a 22 de Abril de 2018 – Sexta e Sábado as 21h / Domingos as 19h

Preço: Gratuito – Classificação Indicativa: 18 anos

Local: Espaço Pyndorama – Endereço: Rua Turiassú, 481 – Fundos – São Paulo – SP

FICHA TÉCNICA

​Direção: Thiago Reis Vasconcelos

Dramaturgia: Companhia Antropofágica

Elenco: Adonis Rossato | Alessandra Queiroz | Alexei Boris | Clayton Lima | Daniel Arantes | Daniel Solnik | Danilo Santos | Deborah Hathner | Débora Xavier | Elaine Guimarães | Fabi Ribeiro | Flávia Ulhôa | Gabriela Jennifer | Gabriela Moraes | Gabriel Vasconcelos  | Giovanna Perasso | Jaques Cardeal | Karitas “Kkau” Gusmão | Laura Soares | Martha Guijarro | Matheus Houck | Mauro Britto | Rafael Frederico | Rafael Graciola | Renata Adrianna | Ruth Melchior | Suelen Moreira

Direção Musical: Lucas Vasconcelos

Músicos: Bruno Miotto | Bruno Mota | Leandro Simões | Lucas Vasconcelos

Cenografia: Companhia Antropofágica

Figurino: Ruth Melchior

Iluminação: Rafael Frederico | Renata Adrianna

Colaboração Dramatúrgica: Zernesto Pessoa

Colaboração do Movimento: Fernanda Haucke

Arranjos Vocais: Bruno Mota | Irací Tomiatto

Consultoria de Teatro Documentário: Fernanda Azevedo

Produção: Maria Tereza Urias

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini

Operação de Luz: Alessandra Queiroz | Gabriela Jennifer | Rafael Frederico | Renata Adrianna

Operação de Som: Leandro Simões

Desenho de Cartaz: Thiago Reis Vasconcelos

Design Gráfico: Rafael Frederico

Registro Audiovisual e Fotográfico: Alan Siqueira

 

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