Na contramão da crise editorial e das grandes livrarias fechando, o mercado independente só tem crescido nos últimos anos. Enquanto o foco das megaempresas é lucrar e lucrar sem ponderar nada, analisando comportamentos e dados estatísticos, essa conta não vai fechar, para vender pra robôs os livros não servem, não dão lucro o suficiente.
É preciso compreender esse novo momento, não existe espaço para todos em grandes editoras e muito menos nas livrarias – com cada vez menos livros. Ficar dentro de seu clube também não costuma ser vantajoso na hora de pagar contas.
Um caminho duro, difícil, não poderia afirmar que é só querer. Nem poderia falar sobre a qualidade literária ou qualidade de edição, por passar por uma relatividade grande. Falo da possibilidade de sonhar. Em profissionalizar algo que foi negado pra grande maioria, por tempos.
Mesmo que ainda exista glamour em publicar por uma grande marca e ter seu livro no shopping, quem deve julgar seu trabalho é quem o consome. Esquecer os números de um best-seller também é um bom começo. Quem faz biscoitos também consegue chegar – a internet é uma grande ferramenta pra ir espalhando biscoitos.
O foco não deve ser em prêmios, ou numa legitimação intelectual. Isso muda e correr atrás do rabo vai cansar rápido. Ainda que exista muito desse papo, é o caranguejo dentro do balde. O que se reflete no conservadorismo e na preguiça de alguns beneficiados com esse sistema, que não existe mais espaço pra inovação.

Marcelo da Silva Antunes
Pequenas editoras também conseguem sustentar uma pequena rede, fazer um trabalho eficiente dentro de suas capacidades, mesmo não podendo comprar todos os riscos.
O preço é o risco, e tem que ser assumido pelo autor/autora. É colocar livros na mochila, na internet, nas feiras e ser um faz tudo, ser dono do próprio nariz. É muito interessante conhecer como o jogo é jogado, quais caminhos seguir, quais negar, com quem dialogar, reconhecer seus limites e fazer o melhor para aquele momento. Arriscar dentro de suas limitações, cada um tem o seu tempero e seu próprio rio.
Em 2018 criamos, eu e Aline Macedo, um selo pra ser uma espécie de consultoria, produtora e publicar livros, tendo em vista muita picaretagem que existe por aí. Borboleta Azul acredita na transparência e na possiblidade.
Editamos 2 zines (Escalofobia, de Aline Macedo e Outros Cortes, de Marcelo Da Silva Antunes ) e nosso primeiro livro (A boca abriu antes dos olhos, de Viviane Acre).
Para 2019, ainda no primeiro semestre, serão lançados dois livros, VIVAVACA, 2ª edição, livro de receitas e poemas, e Outros Cortes, na versão livro, uma edição ampliada – livro de contos. Ambos de Marcelo Da Silva Antunes.
Contatos e mais informações:
facebook.com/borboletaazulproducoes
instagram.com/borboletaazulselo
borboletaazulproducoes@gmail.com
(editor) instagram.com/marcelodasilvaantunes_poeta
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Marcelo da Silva Antunes nasceu na cidade de São Paulo, no dia 13 de junho de 1992, dia de Santo Antônio e de Exu. Foi office boy, operador de telemarketing, vendedor e redator. É poeta nas horas cheias. É autor dos livros: Viva Vaca (2017) e SP: Sem Patuá (2018) e Outros Cortes (2019)
Instagram: marcelodasilvaantunes_poeta
Facebook: Marcelo da Silva Antunes
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