Leia a entrevista com o autor no Blog da Record A literatura de Marcelino Freire não tem nada de ordinária. O pernambucano nascido em Sertânia – e hoje radicado em São Paulo – contou recentemente que tem dois romances engavetados. Decidiu não publicá-los ainda porque estavam “muito donos de si”. Veio, no lugar, com este “Bagageiro”, que…
Em poeminha inédito, Marcelino Freire fala de uma outra rebelião, envolvendo políticos (e seus apelidos) da Operação Lava-Jato. Rebelião que, certamente, é responsável pela origem dos motins que temos acompanhado pelos presídios do Brasil. Confira: Aí o Nervosinho subiu no teto do Eixo Monumental e disse que dali não saía tinha medo que a facção…
[1] – Papai Noel não existe, meu filho. Disse Maria ao Menino Jesus. [2] – Passa o peru. E ele passou. [3] – Sente, meu filhinho, sente. E diga para o velhinho o que você quer de presente. [4] Esperou por Papai Noel. Nuazinha. [5] Sadia não é a família. Mas o peru. [6] –…
Está lá, de novo e ressurgida da colônia de cupins, a camiseta da Livro 7. Em uma das primeiras cenas do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Quem é pernambucano viu. E sabe. A Livro 7 era onde nos reuníamos, tanto pobres quanto nobres. Ela foi, durante muito tempo, a maior livraria do Brasil. Em…
a quem para o brasil me pediu um poeminha sobre o golpe não serve um serrote? uma bala? o sangue na praça? hoje aqui só palavra de desordem fogo de favela vingada a cabeça de um índio a fúria do mais antigo assassino o pau a língua a unha o bote a lava de um vulcão que escorre…
[1] Meu coração sempre foi alvo fácil. [2] Você, Carlos, ignorou meu coração flechado. [3] Véspera do Dia dos Namorados. Voltei ao Recife para ver ressuscitado o meu romance “Nossos Ossos”. [4] Os urubus, cênicos, aguardavam o público de olho em tudo que é carcaça. [5] Era a estreia da peça “Ossos” pelo Coletivo Angu…
Está precisando o nosso coração. De uma grande revolução desde já. E ouso testemunhar: duas estão em curso. Agora, no ar. Uma em São Paulo, outra no Rio de Janeiro. Prepare, companheira, companheiro, as armas do peito. Em cartaz, às terças-feiras de maio (hoje tem), às 20 horas, no Teatro Olido, centro de São Paulo,…
Não estou do lado da Diretoria Regional do CIESP em São Carlos. Muito menos ao lado do Sindicato da Borracha. Da Construção Pesada. Do Descaroçamento de Algodão. Não quero como companheiros ninguém do Pensamento Nacional das Bases Empresariais. Jamais me juntarei à Associação dos Fornecedores de Cana. À Indústria da Limpeza. De Automotores. Xô as…
[01] Todo mundo diz que ama São Paulo. Mas só quer sexo. [02] Dizem que São Paulo não dorme. Dorme, sim. Mas é sonâmbula. [03] No meio do caminho um minhocão. [04] Fogo. Apagaram a favela. [05] Em São Paulo o que mais tem é planta. De prédio. [06]…
Uma língua para a crise. Para quem não acredita que a gente se levanta. E vai à luta. Língua para quem acha que festa literária nasce da vontade burocrática. De um escritório frio. Longe da rua. Aqui, ó. Uma língua para quem sofre de cansaço. Vive sem amor. Só. Não vai além do eixo…
LOID 